sexta-feira, 13 de junho de 2008

I wonder what you're doing, imagine where you are. there's oceans in between us, but that's not very far.

Blurry, Puddle Of Mudd

A vida é uma coisa complicada.
Essa frase pode parecer um início clichê de post pseudo-filosófico, mas ainda assim ela é verdadeida. Às vezes as pessoas ficam tão presas à rotina que até esquecem que as coisas não são eternas e estanques, sempre estão sujeitas a possíveis mudanças.

Como, por exemplo, alguém que faz faculdade no exterior e já está quase na metade do curso. Tudo está indo muito bem, a 15.000 kilômetros de distância, e simplesmente tudo muda. Essa pessoa podia estar presa àquela realidade, de que passaria pelo menos alguns anos morando em outro país, que faria o curso até o fim, que seguiria aquela carreira, e isso talvez a impedisse de sequer considerar outras possibilidades. Possibilidades como largar tudo, pegar um avião e voltar, começar outra faculdade, praticamente contrária.

Esses dias andei repensando minha "vocação" pra Letras, andei relembrando minha vontade de fazer jornalismo. Não pretendo largar minha faculdade agora para tentar outra, mas a minha idéia de que era isso que eu ia fazer e essa carreira que eu ia seguir até o fim da vida não é mais tão cristalizada como já foi antes. E se eu fizesse jornalismo depois de me formar em letras? Será que eu realmente quero ser professora? Estou me permitindo fazer essas perguntas, e outras.

Não é tão difícil assim mudar tudo. Muitas vezes a gente se prende por coisas bobas, fica agüentando coisas que nem sabe se quer realmente. Não é o meu caso com a letras, mas quanto mais eu descubro a realidade do magistério (sem nunca tê-lo experimentado), menos eu me enxergo exercendo-o. E aí?

Considerando o fato de que pensamentos de desistência e similares são muito comuns em final de semestre, eu concluo que provavelmente nenhuma decisão drástica vai ser tomada agora. Mas é bom, às vezes, relembrar que dá pra mudar tudo, se quiser. E olha que eu nem preciso viajar 15.000 kilômetros pra isso.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

... haunting my brain.

Semestre que vem vai ser diferente. Já decidi.
Meu estágio já vai ter terminado, e eu estarei totalmente livre do curso técnico de informática para sempre. Mesmo assim, isso não significa que vou voltar a ter todas as manhãs livres. Mas espero, pelo menos, que elas sejam um pouco menos corridas.

Não vou pegar nenhuma cadeira no sábado. Bem, se eu puder evitar, é claro. É tão doloroso pra mim ter que levantar às 6:30 no sábado de manhã, escolher uma roupa, sair na rua vazia, esperar horas por algum ônibus que tenha a bondade de me levar e agüentar uma manhã inteira de aula. Se eu puder pegar a cadeira que tiver no sábado em outro horário, durante a semana, eu pego. Mesmo que seja de madrugada, eu pego.

Pretendo fazer menos cadeiras. Talvez isso reduza o pânico e a correria do final de semestre, sempre tão desagradavelmente atormentador. É claro que sempre é estressante, não importa quantas cadeiras se faça, mas pra quem faz nove certamente deve ser pior.

Semestre que vem vai ser diferente. Eu já decidi. E agora eu percebi como é que se faz decisões; pra decidir uma coisa, é preciso pensar bem. Depois disso, precisa chegar-se a uma conclusão sobre o melhor a fazer. Por fim, com a decisão feita, vem a etapa mais importante e mais difícil: cumprir.
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Eu devia trocar o título desse blog. Toda vez que eu entro nele, Strange Apparition gruda na minha cabeça. Loooord, please... don't forsake me in myyyy Mercedes Beeeenz...

O plano era que o post debaixo ficasse só um ou dois dias, até eu escrever outro, mas eu não deveria confiar tanto assim na minha capacidade de escrever muitos posts em poucos dias, especialmente numa época de final de semestre como essa.

Ontem descobri que tenho prova de Sintaxe da Oração hoje. E que pode fazer uma 'cola' de uma folha, frente e verso. E é isso o que eu devia estar fazendo nesse momento, assim como ontem eu devia ter lido um pouco mais do Caucasia ao invés de ter dormido, assim como eu devia ter desistido completamente de viver pra só fazer o que precisa ser feito. But then again, não fiz nada disso.

O problema de deixar pra fazer as coisas depois não garante o suposto descanso de não fazer agora, porque a culpa e a preocupação consomem. Mas hoje não vou deixar que nada me consuma. Hoje é sexta-feira, e apesar de todos os (muitos) pesares, eu quero estar de bom humor hoje.